segunda-feira, 31 de maio de 2010

DICAS PARA TER VIDA LONGA NO MERCADO DE TRABALHO!


Esses dias assisti ao erro mais comum entre jovens representantes ( Representantes comerciais)... A FALTA DE BOM SENSO! Estava em um consultório esperando para ser atendida (Como paciente) e como estava desacompanhada, comecei a analisar o cenário a minha volta ( aliás, adoro fazer isso!).

Uma senhora falava para outra que estava tomando um produto X, cujo nome não quero revelar, neste instante uma jovem que aguardava que o médico a atendesse (representante), vira e fala: Ah, mas você conhece o produto Y? Use o meu, é melhor! A senhora perguntou: Melhor porquê? Porque sim! Respondeu a jovem.

Observem o despreparo. Certamente esta jovem foi orientada, passou por treinamentos, mas a empolgação, a vontade de acertar ( ou não) a fez cometer erros imensos.

Na hora, tive vontade de ir até a moça me identificar e ajudá-la... Pensei melhor, achei melhor não! Se eu falasse poderia sair dali com uma prescrição ( sem indicação do meu médico, claro!) preferi evitar o constrangimento.

Mas aí vão algumas dicas aos novos colegas do ramo:

• Primeiro seja honesto com o seu local de trabalho. Visite, cumpra os horários. Não tem vida longa nesta área quem acha que consegue resultados arrastando pastas pelo shopping em longas 3 horas de almoço!

• Se vista bem, se porte bem, deixe as pessoas conhecerem você de verdade. Roupas curtas, presas ao corpo ficam melhores na balada.

• Sala de espera é para os pacientes sentarem! Você já está interrompendo ( é o que os pacientes pensam) o horário das pessoas e ainda quer esperar sentado em consultório lotado? Seja delicado fique paradinho esperando a sua vez, e, por favor, não fique toda hora pedindo a preferência para a atendente, não cai bem!

• Outra dica é ficar de pé perto da atendente, assim ela não esquece de você, e nem vai precisar ser inconveniente, se for convidado... Aí sim, pode esperar sentado.

• NUNCA prescreva nada a pacientes. Você está ali para levar conhecimento ao médico ( ou nutricionista), eles irão decidir o que prescrever.

• Quando falar que o seu produto é MELHOR, por favor diga em quê! Saiba ao menos as características principais do seu concorrente.

• Aliás, a concorrência deve ser a mais leal e mais ética possível... Um dia você pode ser convidado a trabalhar nela, e imagina se você é uma pessoa que sempre fala mal da concorrente... Vai dizer o quê? Que o produto ficou bom porque você foi admitido, ou que junto a sua admissão as fórmulas incorporaram substâncias mágicas?

• Não procure justificar os erros... Isso é no mínimo feio para não dizer detestável... Errou? Procure acertar e aprender com isso!

• PARE imediatamente de vender produtos! Venda serviços, conceitos, conhecimento... Se você vender somente produto (Tipo o meu é melhor por que sim!), você vai perder o emprego se este for descontinuado... Os produtos mudam, a empresa continua!

• Propague o que a sua empresa tem de melhor! O cliente não está preocupado em saber se o seu gerente é chato, se o seu chefe pega no seu pé, se o salário não está em dia... Essa conduta também é desleal!

• Seja feliz, se faça feliz! Procure uma empresa que esteja dentro das suas convicções, um lugar para trabalhar que vá fazer seus olhos brilharem.

• Converse com seu superior, fale dos seus pontos a melhorar, das suas dificuldades, peça ajuda!

• Diga ao seu cliente qual é a sua limitação. Se não sabe responder um questionamento, diga que vai se inteirar do assunto. NUNCA INVENTE UMA RESPOSTA!

Bem, nesses seis anos trabalhando nesta área aprendi muito, mas ainda falta muito caminho a ser trilhado... Ainda tenho que receber muitos conselhos dos colegas mais experientes, e os quero! Fico triste quando vejo talentos se perderem por uma arrogância não justificada. Por fim, aconselho a vocês (se puderem) a terem uma relação cordial com os seus colegas, com a sua empresa e até com os seus concorrentes. Um dia poderão ser colegas de equipe... E, além disso , não importa onde você trabalhe e que bandeira você defenda há sempre pessoas fazendo o mesmo que você... Respeitem-se!

Com carinho,

Nayara Cavalcanti

sábado, 29 de maio de 2010

PROFESSOR E GESTOR. ELES TEM ALGO EM COMUM?

Lembro da primeira vez que me reconheci como um ser crítico e pensante, mais do que isso, quando me reconheci como uma pessoa intuitiva e com senso de participação ... Estudava numa escola em São Vicente – SP, fazia o primeiro ano do ensino médio. Fui transferida para essa escola e este era o meu segundo ano lá, tinha vindo de uma outra escola muito boa onde pelo menos uma vez por semana nós tínhamos aulas participativas. Estava frio, era uma quinta feira, tínhamos aula logo cedo de geografia com a professora Rosa, que eu gostava muito, inclusive.

Já meava às 8:30 da manhã e a aula estava vazia, um sono incontrolável invadia a minha mente... Eu não conseguia por nenhum minuto me interessar por aquilo! Nossa, estávamos na sala de vídeo, como muitas outras aulas, e a professora resolveu dar aula lá, no frio, numa sala escura e sem vídeo! Uma estratégia um tanto estranha ( Acredito mais na falta de opção para outras salas do que na hipótese de estratégia... Mas esse é outro assunto!)

No meio da aula, eu a interrompi e disse: Professora! Que tal a gente tentar outra coisa? Esta aula está um pouco pesada, sem graça ( para não dizer chata!). O que a senhora acha de discutirmos isso de outra forma? Ela me fulminou, pegou no meu braço e disse: Fora daqui! Fiquei atônita. Estava tão participativa, tentando ajudar, querendo aquele momento... Fui para a diretoria por isso!

Conversei com a diretora, falei que todos os alunos estavam dormindo, ela me entendeu, mas me falou que eu deveria “domar” meus instintos e “ seguir o movimento”. Você tem que aprender a ser mais política, menina! Vá lá e peça desculpas para ela e tudo ficará bem, aconselhou-me. Eu que sempre tirei as notas mais altas da sala me vi indo até aquela professora, que eu não mais admirava para pedir desculpas por algo que eu não achava errado.

Expliquei para ela o que eu queria dizer e pedi desculpas. Ela falou: Quem manda na sala sou eu, mas aceito o seu pedido. Estude, terá prova semana que vem!

Fui para casa pensando naquilo. Eu estava numa instituição que deveria me ensinar a pensar, a criar estratégias para fazer as coisas funcionarem e eles simplesmente me convenceram que eu deveria me calar e ser uma “ aluna normal”. Passei de ano, nunca mais tirei dez na matéria dela, e de certa forma, me desinteressei pela matéria... Mas o importante é que nunca fui de fato uma aluna normal... Disso eu me orgulho!

Contei essa história para levá-los a pensar como gestores... Será que de fato nós queremos os funcionários “diferentes”? Os pensantes? Qual é a nossa atitude diante do novo? Do diferente? Já pensou na visão que algum funcionário pode ter de você e o que isso seria importante no seu crescimento se soubesse?

Vale a pena pensar sobre... A educação é um mix maravilhoso de ensinar e aprender. E de repente, se você está numa posição de comando, desafio você a escutar os seus subalternos e deixá-los que eles o surpreendam. Sejamos nós a dizer SIM a algumas pessoas que se escondem com medo de serem repreendidas, talvez isso de fato pode ser o que sempre ocorreu com elas!

Nayara Cavalcanti.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

SAIBA MAIS SOBRE A PALMA!

Desde a época dos faraós egípcios, a quase 5000 anos, a palma oleaginosa tem sido uma importante fonte alimentícia para o gênero humano. O óleo chegou ao Egito vindo da África Ocidental, de onde se origina a Elaeis guineensis .

No começo do século XX, a palma oleaginosa foi introduzida na Malásia como uma planta ornamental e somente plantada comercialmente pela primeira vez em 1917, o que deu prigem à indústria de óleo de palma da Malásia, plantada em larga escala e surgiu como o óleo mais produtivo no mundo inteiro

Forma da fruta  - Tenera
Origem  - África
Crescimento - 50 - 70 cm/ano
Circunferência do tronco -355 cm
Cor da folha-Verde
Produção de folhagem -24 – 30 por ano
Altura da folhagem-6 – 8 m
Fruto maduro -Amarelo dourado / vermelho
Período de incubação -12 – 15 meses
Início da colheita -30 meses após o plantio no campo
Densidade da plantação-136-160 palmas por hectare
Número de cachos -12 cachos/ano
Frutos por cachos-1.000 – 3.000
Peso do cacho-20 – 30 kg
Tamanho e forma do fruto -5 cm - oval
Peso do fruto-10 grs
Núcleo do fruto5 – 8 %
Mesocarpo por frutos -85 = 92%
Óleo por mesocarpo -20 – 50%
Oleo por cacho --25 – 28%
Produção de óleo - 5 – 8 tons/hectare/ano
As extratoras de fruto de palma estão bem localizadas, estratégicamente próximas as plantações com o objetivo de facilitar o transporte dos frutos até a indústria de extração.

Vários processos operacionais são utlilizados para obter o produto acabado. O primeiro passo do processamento produz o óleo bruto, extraído do mesocarpo do fruto. Este, na sua segunda fase pode ser refinado ou também fracionado usando um processso de cristalização e separação simples onde são obtidas frações sólidas ( estearina ) e líquidas ( oleína ).

Via Direta :
Substituto do diesel – Pesquisas recente mostram que o óleo de palma bruto pode ser usado diretamente como combustível para acionar carros com motores adaptados. Foi constatado que a fumaça de escapamento produzida pelos motores com óleo de palma bruto era mais limpa que a dos motores com diesel.
Lubrificante de perfuração – Uso como lubrificantes de perfuração contínua faz com que este se difunda quando formações de rochas mais duras são perfuradas. Não contém compostos aromáticos e ser atóxico, possui pontos de ignição e anilina superiores a 65ºC, tornando o mesmo adequado como base em lamas de perfuração.
Sabões – São uma mistura de sais sódicos de ácidos graxos, que podem ser derivados de óleos e gorduras pela sua reação com soda cáustica a 80º - 100º no processo conhecido como saponificação. O óleo de palmiste e a estearina de palma são os mais utilizados no processo de produção.
Óleo Epoxidado ( EPOP ) - Podem ser produzidos pela reação do óleo de palma, estearina de palma ou oleína de palma com perácidos. EPOP são usados como plastificadores, estabilizantes para plástico e cloreto de polivinila PVC.

Via Oleoquimica:
Ácidos graxos – MCT, Borracha, Velas, Cosméticos, Sabões, Sabões Metálicos
Estéres graxos – Cosméticos, Sabões, SME, Diesel, Agroquímicos
Álcoois graxos – FAS, FAE, FAES
Compostos graxos de nitrogênio – Imidazolinas, Ésteres quaternários
Glicerol – MG & DG

Referências :

- Cultura do Dendezeiro na Amazônia Brasileira

Ismael de Jesus Matos Viégas

Antônio Agostinho Müller

- Malaysian Palm Oil promotion Council Latin America - MPOPC

NESTLÉ X SUSTENTABILIDADE

Olá amigos!

Recebi um link que não pude ignorar, por isso resolvi postar para vocês. É intrigante como o tema sustentabilidade está ainda mal interpretado. Uma pena, pois enquanto as pessoas não se conscientizarem da importância,  estamos levando a nossa essência ao fracasso da criação!



A notícia a seguir ocorreu com a empresa Nestlé que resolveu " fazer (ter) " ações  sustentáveis depois de causar danos irreversíveis... Há quem diga que foi uma atitude louvável, eu sou um pouco mais crítica... Acredito mais numa estratégia para "reparar" os danos causados pela mídia social. Não fosse assim, uma empresa tão comprometida com marca, qualidade, cuidado com a saúde das pessoas teria certamente outra conduta.


Estou decepcionada como consumidora que muitas vezes não deu chance de experimentação a outras marcas acreditando nessa QUALIDADE!!! Mas enfim, agora é hora de agir.


Desta vez foi a Nestlé, mas existem inúmeras outras empresas desrespeitando a vida, nos desrespeitando enquanto cidadãos, enquanto consumidores... E o que você vai fazer meu amigo (a)? O que NÓS vamos fazer ? Vamos continuar aceitando as desculpas? Vamos continuar aceitando esse tipo de marketing? Nem eu tenho a resposta para essas perguntas... Mas desafio a vocês a pensarem a respeito!

SE A MASSA TEM PODER PARA MODIFICAR TAMBÉM TEM PODER PARA CRIAR!
 
Segue a matéria:
 
Após denúnica do Greenpeace, Nestlé lança campanha para salvar florestas


Thays Prado 19 de maio de 2010

Em meados do mês de março, o Greenpeace viralizava uma campanha na internet para denunciar que a Nestlé usava óleo de palma da empresa indonésia Sinar Mas para fazer o famoso chocolate KitKat. O problema é que a organização destrói a mata nativa, o que provoca a morte dos orangotangos da região e contribui para que a Indonésia seja o terceiro maior emissor de gases do efeito-estufa (leia o post que publicamos na época e veja o vídeo da campanha http://super.abril.com.br/blogs/planeta/greenpeace-faz-campanha-contra-nestle/  ).
A Nestlé respondeu imediatamente que pararia de comprar o óleo de palma da Sinar Mas. Depois de ouvir centenas de milhares de pessoas dizendo que não consumiriam mais seus produtos, a empresa lança, agora, uma nova política interna que exclui o desmatamento de florestas tropicais de sua linha de produção. Ou seja: não vai comprar nenhuma matéria-prima de fornecedores que tenham plantações ou fazendas de alto risco ligadas ao desmatamento.
O Greenpeace se comprometeu a monitorar a política da Nestlé para verificar se o prometido será mesmo cumprido.
Esse é mais um exemplo de que a mobilização funciona para transformar os maus hábitos das empresas.

http://super.abril.com.br/blogs/planeta/apos-denunica-do-greenpeace-nestle-lanca-campanha-para-salvar-florestas/

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A VOZ DAS EMPRESAS

" O que se requer delas é que dialoguem nas mídias sociais de maneira franca e honesta, em vez de buscar publicidade"


" Abrir-se é bom; Fechar-se é ruim". Ninguém esperava ouvir isso de um executivo do alto escalão da Shell, mas quando Bjorn Edlund tomou a palavra durante o congresso " Só meios" sobre mídia social, sua franqueza foi brutal. Ele disse que "as grandes empresas tem  a obscessão do controle", e não do diálago", mas acrescentou que o pensamento corporativo está começando a mudar.

Decorrida uma década do mundo hipersaturado e prestes a entrar em colapso da nova economia, voltamos ao clima tenso em meados de 2009, com a realização de pesquisas sobre as implicações da nova onda de redes sociais para a transparência  e a prestação de contas das empresas, bem como suas possíveis aplicações, tendo sempre a equação da confiança em mente.

Embora a presença das empresas na mídia social ainda esteja no início, são grandes as oportunidades de maior transparência, envolvimento e colaboração. O que se requer delas é que participem desse diálogo, talvez difícil, de maneira honesta e franca, em vez de usar esse canal para fazer publicidade. Na verdade, o conceito mais difícil de entender para muitas empresas é o de que é preciso assimilar uma certa perda de controle, e que deixar o diálogo fluir sem interrupções, filtros e de uma maneira que encontre seu próprio equilíbrio resultará no feedback indispensável tanto de partidários, quanto de críticos.

Tome-se como exemplo a Timberland e sua plataforma de Vozes do Desafio, que se abriu a discussão e às dificuldades próprias das questões fundamentais de sustentabilidade, que vão desde normas aplicáveis  à mão de obra da cadeia de suprimentos até a política de mudança climática.

Mesmo as empresas mais sofisticadas passam, às vezes, por momentos difíceis quando t~em de lidar com a mídia social. Quem acompanha a página da NESTLÈ no Facebook viu, em março, o que pode acontecer quando  a empresa tenta controlar a conversa. Em resposta à exigência do moderados que os participantes parassem de modificar os logos da empresa, um deles tentou, com muito empenho, educar a Nestlé em relação aos benefícios da mídia social. " Participar da mídia social significa abraçar o mercado, participar dele e cultivar o diálogo, em vez de passar sermões". Infelizmente o moderador não compartilhava deste ponto de vista e deu a seguinte resposta " Obrigado pela lição de boas maneiras. Considere-se abraçado. Contudo, essa página é nossa, somos nós que criamos as regras, sempre foi assim". Seguiu-se uma avalanche de comentários e que foi acompanhada de um pedido de desculpas da empresa.
Nos dois casos, as empresas fizeram contato  - a página do facebook da Nestlé tem, por incrível que pareça, mais de 90 mil fãs ativos.
O impacto de ambas também foi grande, em razão da natureza viral dos blogs e tweets. Ao final, porém, foram o tom e o estilo que deixaram a Nestlé do lado errado da equação e a Timberland do lado certo.

Autor: Jonh Elkington. Revista Época  Negócios ; Maio de 20010/Ano 04/ N 39/ http://www.epocanegocios.com.br/

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Qual o papel do gerente nas empresas voltadas para o cliente?

Leia duas histórias com culturas diferentes de atendimento ao cliente que traduz a força de suas lideranças.

Outro dia eu fui fazer exames de rotina em um laboratório e não encontrei vaga para estacionar o meu carro. Baixei o vidro e perguntei para o “guardador de carros” se ele achava que ia demorar muito para eu conseguir uma vaga. Imediatamente ele apontou para uma vazia, onde tinha uma placa “reservado para a Diretoria” e disse que eu poderia estacionar lá. Desconfiada, eu questionei: “E se alguém da Diretoria chegar?”. Ele respondeu: “Ficarão felizes em saber que a vaga foi ocupada por um cliente. Somos uma empresa voltada para o cliente”.
No mesmo mês eu estava viajando e precisei fazer uma parada estratégica entre vôos no Aeroporto de Guarulhos. Eu teria cerca de quatro horas para dormir naquela noite e precisava estar “inteira” para uma palestra no dia seguinte. Escolhi um hotel que tivesse o benefício da Van para me levar e trazer, assim eu ganharia tempo e poderia descansar. Quando entrei no carro, exausta, o motorista me perguntou se tinha problema que déssemos carona para alguns comissários. “É claro que não”. Não teria tido realmente, se os comissários não tivessem ido para outro hotel, bem longe do meu, e ainda por cima, o motorista não tivesse feito questão de entregá-los antes de mim, aceitando gentilmente uma nota de R$ 20 do último que deixou o veículo.
Duas histórias, duas culturas claramente diferentes e duas formas antagônicas de enxergar e tratar o cliente. Minha pergunta é: como o seu funcionário está cuidando dos clientes da sua empresa? Será que ele tem a “autonomia” do guardador de carros para saber que o cliente está acima de tudo e de todos, ou será que ele está plantando única e exclusivamente para aquilo que dá retorno só para ele?
De um modo geral, nas organizações voltadas para o cliente, os líderes desempenham um papel-chave na monitoração do progresso das pessoas e, consequentemente, no lucro da empresa. A questão é que os gerentes sabem muito pouco sobre gerenciamento e interação com o cliente. Mesmo nesta época de empresas mais horizontalizadas, um dos fatores de maior influência no comportamento do funcionário é o que eles vêem os seus gerentes fazerem. Richard Whiteley e Diane Hessan, dois grandes especialistas em crescimento de empresas orientado para o cliente, dizem que é possível começar a crescer implementando quatro passos básicos na empresa junto aos funcionários:
Associe a visão ao trabalho diário – O gerente deve se tornar a ligação entre a estratégia da empresa e o que acontece na interação com o cliente. Ele deve não apenas captar a visão empresarial, mas também ser capaz de transmiti-la em termos de efeitos específicos nas práticas de vendas e serviço.
Dê um exemplo de competência – Aqueles que estão na linha de frente devem poder se dirigir aos seus gerentes com confiança, recorrendo a eles como recursos seniores no caso de contas-chave, e como pessoas naturalmente talentosas em matérias de vendas e serviço.
Crie direção – Orientar uma equipe é tão importante quanto participar dela. Os gerentes devem ser capazes de transmitir um sentido claro de direção mediante treinamento, feedback e apoio. Eles devem se tornar defensores da força de trabalho da linha de frente. Aliás, já é comprovado que hoje a prática gerencial mais valiosa é o apoio às pessoas da equipe.
Recompense a mudança – As empresas verão resultado mais rapidamente se examinarem a maneira como reconhecem e recompensam os profissionais da linha de frente. Um exemplo claro: se a meta empresarial for o relacionamento de longo prazo com o cliente, a empresa não deve recompensar a sua linha de frente exclusivamente com base no volume a curto prazo.
O cliente que espera o “benefício” e se decepciona, nem deveria precisar chamar o gerente. Afinal, se algo está errado na linha de frente, de quem é a culpa? Muito melhor, mais lucrativo e compensador é o gerente trabalhar nos bastidores com as equipes para que elas tenham autonomia de decidir pela empresa na frente do cliente. Cliente surpreendido com o benefício não esperado, só chamará o gerente para dizer: “muito obrigado”.
Seis perguntas que os líderes devem estar preparados para responder:
1 - Com o que nos comprometeremos?
2 - Qual deveria ser a nossa marca/personalidade?
3 - O que queremos que os nossos clientes digam sobre fazerem negócios conosco?
4 - Como sabemos que isso será valorizado?
5 - O que estamos dispostos a investir para fazer com que isso dê certo?
6 - Queremos tentar atender às necessidades de toda a nossa clientela ou temos um segmento específico de clientes a que nos dedicar, além de estar pronto para pagar por um processo de interação de classe mundial?

Alessandra Assad (Diretora da AssimAssad Desenvolvimento Humano. Formada em Jornalismo, pós-graduada em Comunicação Audiovisual e MBA em Direção Estratégica, é professora na FGV Management, palestrante e colunista de vários meios de comunicação. É autora do livro Atreva-se a Mudar! – Como praticar a melhor gestão de pessoas e processos.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Piegas? Será???


"  Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas engajadas possa mudar o mundo, de fato, foi o que sempre aconteceu..."  ( Margaret Mead)

Mas quem foi Margaret Mead?

Margaret Mead (Filadélfia, 16 de Dezembro de 1901 — Nova Iorque, 15 de Novembro de 1978) foi uma antropóloga cultural norte-americana.



Nasceu na Pensilvânia, criada na localidade de Doylestown por um pai professor universitário e uma mãe activista social. Graduou-se no Barbard College em 1923 e fez doutorado na Universidade de Columbia em 1929. Em 1925, ficou conhecida pelo trabalho de campo na Polinésia. Em 1926, colaborou no Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque, como assistente do diretor, e depois como diretora de etnologia (de 1946 a 1969). Durante a Segunda Guerra Mundial, foi secretária executiva do comité de hábitos alimentares do Conselho Nacional de Investigação.


Entre os anos de 1946 e 1953, Margaret Mead integrou o grupo reunido sob o nome de Macy Conferences, contribuindo para a consolidação da teoria cibernética ao lado de outros cientistas renomados: Arturo Rosenblueth, Gregory Bateson, Heinz von Foerster, John von Neumann, Julian Bigelow, Kurt Lewin, Lawrence Kubie, Lawrence K. Frank, Leonard J. Savage, Molly Harrower, Norbert Wiener, Paul Lazarsfeld, Ralph W. Gerard, Walter Pitts, Warren McCulloch e William Ross Ashby; além de Claude Shannon, Erik Erikson e Max Delbrück.


Desde 1954, trabalhou como professora adjunta da Universidade de Columbia. Seguindo o exemplo da instrutora e amante Ruth Benedict, concentrou os estudos em problemas de criança infantil, personalidade e cultura.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Bem, me perguntaram se a frase acima não era piegas demais...  Vou responder a essa pergunta com outra: Acho que quem a escreveu tinha conhecimento de causa não?

E aí? Agora é possível acreditar que você pode mudar o mundo? 

" O terreno do amanhã é incerto demais para os planos...( Willian Shakespeare )" Vamos começar agora??

Beijos
 

Quando a História pode estar escrita em 140 caracteres

The New York Times
Randall Stross 02/05/2010 Tradução: George El Khouri Andolfato



Os usuários do Twitter atualmente transmitem cerca de 55 milhões de tweets por dia. Em apenas quatro anos, foram acumuladas cerca de 10 bilhões dessas mensagens breves.


Algumas são pura baboseira. Mas, reunidas, elas provavelmente serão de valor considerável para futuros historiadores. Elas contêm mais observações, registradas na mesma época por mais pessoas, do que jamais foi preservado em qualquer meio.

“O Twitter representa dezenas de milhões de usuários ativos. Não existe arquivo com dezenas de milhões de diários”, disse Daniel J. Cohen, um professor associado de história da Universidade George Mason e co-autor de um livro de 2006, “Digital History”. Além disso, ele disse: “O Twitter representa o momento, é onde as pessoas são mais honestas”.

No mês passado, o Twitter anunciou que doaria seu arquivo de mensagens públicas para a Biblioteca do Congresso, assim como forneceria atualizações contínuas.

Vários historiadores disseram que a herança tem um tremendo potencial. “Minha reação inicial foi, ‘quando você olha tweet por tweet, parece um lixo’, disse Amy Murrell Taylor, uma professora associada de história da Universidade Estadual de Nova York, em Albany. “Mas poderia ser realmente valioso se visto coletivamente.”

Taylor está trabalhando em um livro sobre escravos fugitivos durante a Guerra Civil; o projeto envolve montanhas de documentos em papel. “Eu não tenho uma ferramenta de busca para peneirá-los”, ela disse.

O arquivo do Twitter, que “nasceu digital”, como dizem os arquivistas, será facilmente pesquisável por máquina –diferente das cartas de família e diários que estão empoeirando nos sótãos.

Como um registro escrito, os tweets estão muito próximos dos pensamentos originais. “A maioria de nossas fontes é escrita após o fato, mediada pela memória –às vezes uma memória falsa”, disse Taylor. “E os jornais são mediados pelos editores. Os tweets levam você exatamente ao momento de uma forma como nenhuma outra fonte faz. Isto é o que é mais empolgante.”

As mensagens do Twitter preservam relatos de testemunhas de uma variedade extraordinária de eventos por todo o planeta. “No passado, algumas pessoas eram capazes, no local, de escrever ou esboçar algo como testemunha de um evento, como o enforcamento de John Brown”, disse William G. Thomas 3º, um professor de história da Universidade de Nebraska-Lincoln. “Mas esse é um registro histórico raro, excepcional.”

Dez bilhões de mensagens de Twitter ocupam pouco espaço de armazenamento: cerca de cinco terabytes de dados. (Um disco rígido de dois terabytes pode ser encontrado por menos de US$ 150.) E o Twitter diz que o arquivo será um pouco menor quando for enviado para a biblioteca. Antes de transferi-lo, a empresa removerá as mensagens dos usuários que optaram por designar sua conta como “protegida”, para que apenas pessoas que obtêm sua permissão explícita possam acompanhá-las.

Um usuário do Twitter também pode optar por usar um pseudônimo e não compartilhar qualquer informação que o identifique pessoalmente. O Twitter também não adiciona tags de identidade para associar seus usuários a pessoas reais.

Cada mensagem é acompanhada por algumas poucas informações complementares, como o número de seguidores que o autor tinha no momento e quantos usuários o autor estava seguindo. Apesar de Cohen ter dito que seria útil para um historiador saber quem são os seguidores e os seguidos, essa informação não está incluída no próprio tweet.

Mas não há nada privado sobre quem segue quem entre os usuários das contas públicas, desprotegidas, do Twitter. Esta informação está exibida tanto no próprio site do Twitter quanto nos aplicativos desenvolvidos por terceiros, que o Twitter permite que explorem seu banco de dados.

Alexander Macgillivray, o diretor jurídico geral do Twitter, disse: “Desde o início, o Twitter é um serviço público e aberto”. A política de privacidade do Twitter declara: “Nossos serviços são principalmente voltados a ajudar você a compartilhar informação com o mundo. Grande parte da informação que você nos fornece é informação que você nos pede para tornar pública”.

Macgillivray acrescentou: “Este é o motivo, quando revisamos nossa política de privacidade, por termos brincamos com a ideia de chamá-la de nossa ‘política pública’”. Ele disse que era o que empresa faria, mas a lei da Califórnia exigia que a “política de privacidade” fosse chamada dessa forma.

Apesar dos tweets públicos sempre terem sido destinados aos olhos de todos, a Biblioteca do Congresso fica nervosa em se aproximar de algo que possa ser controverso. Martha Anderson, diretora do Programa Nacional de Infraestrutura e Preservação da Informação Digital da biblioteca, disse: “Há preocupação com questões de privacidade a curto prazo e somos sensíveis com essas preocupações”.

A biblioteca manterá um embargo das mensagens por seis meses após sua transmissão original. Se isso não for suficiente para por um fim às questões de privacidade, ela disse: “Nós poderemos filtrar certas coisas ou aguardar um pouco mais para disponibilizá-las”. A biblioteca planeja conceder o acesso ao seu arquivo do Twitter apenas para aqueles que Anderson chamou de “pesquisadores qualificados”.

Mas as restrições da biblioteca ao acesso não importam. Macgillivray, do Twitter, disse que sua empresa também entregará cópias de sue arquivo público ao Google, Yahoo e Microsoft. Essas empresas já recebem instantaneamente o fluxo de mensagens do Twitter. Quando o arquivo de velhos tweets for acrescentado aos seus depósitos de dados, eles terão um conjunto completo, constantemente atualizado, e os usuários não encontrarão um embargo de seis meses.

O Google já oferece aos seus usuários o Replay, uma opção de restringir uma busca por palavra-chave apenas a Tweets e a períodos em particular. Ela pode ser facilmente acessada a partir da página de resultados de busca. (Clique em “mostrar opções”, depois “Atualizações”, depois um período de tempo em particular.)

Uma ferramenta como o Google Replay é de ajuda para se concentrar em um assunto. Mas ele exibe apenas 10 tweets por vez. Para explorar 10 bilhões –vejamos, calculando seis segundos para um rápido exame de cada tela– seriam necessários cerca de 190 anos sem dormir.

Cohen encoraja os historiadores a encontrarem novas ferramentas e métodos para mineração de dados do “registro histórico incrivelmente grande” de tweets. Isso exigirá uma abordagem diferente, ele disse, uma saída diretamente da “história relatada”.

No final, talvez brote qualidade da simples quantidade.